quarta-feira, 6 de junho de 2012



Ainda sinto...

            Sabe quando você acorda esperando o sol bater num dia frio ou um sorvete que te livre de calor de uma tarde quente, pois é, foi assim que acordei naquele dia. Não sentia vontade de fazer nada, ou melhor, sentia! Sentia vontade de fazer tudo e não fazer nada ao mesmo tempo. Era uma confusão danada em meus pensamentos... Às vezes sentia, às vezes não; às vezes doía, às vezes não; amava, odiava; era uma mistura, um emaranhado de sensações que me deixavam cada vez mais desnorteada. Eu acreditava que não tinha nada firme aqui dentro, acreditava que estava tudo solto e indefinido. Acreditava só, assim como eu acreditava que papai Noel e que o Velho do Saco existiam, assim como eu acreditava que a vida poderia ser como num conto de fadas. Doce engano! 
            Uma amiga ao perceber meu semblante, por lástima talvez, me convidou para uma festa, quiçá fosse isso que eu precisava. A princípio estava tudo tranquilo, ao meu redor pessoas conversavam, riam, dançavam e eu permanecia sentada observando uma banda qualquer e fingindo que estava gostando, tentando disfarçar o tédio. De repente aquilo que era pra me deixar alegre e calma me faz desmoronar, perder o domínio do pouco equilíbrio que ainda me restava. Aquele indivíduo estava lá e, infelizmente, eu percebi que nada estava solto ou indefinido, que o sentimento era o mesmo não mudara com o passar do tempo, droga! Eu não conseguia disfarçar, imediatamente dirigi meu olhar para baixo, enrubescia, sentia calafrios... Ele veio em minha direção, cumprimentou-me e sentou-se perto de mim, muito educado e simpático começou a conversar; minha mente estava agitada demais eu não sabia o que falar, tinha medo de dizer alguma besteira. Era extremamente difícil manter o controle, na verdade eu não queria mantê-lo seria bom que eu não conseguisse mesmo disfarçar e que ele percebesse logo, mas eram tantos obstáculos, eram tantos motivos que me impediam... isso não devia acontecer.  Uma amiga também estava na conversa, ele falava e gesticulava tocava em mim e era como se "cada terminação nervosa do meu copo funcionasse como um fio desencapado", fingi que estava com sede e saí para tomar água e respirar um pouco, não queria me tornar vulnerável àquele toque. A lua cheia iluminava aquela noite, aquele céu de estrelas imóveis me fazia sentir cada vez mais impelida à solidão, voltei para a mesa alguns minutos depois pensei que ao voltar à mesa ele estivesse ido embora, mas me enganei, ele ainda estava lá continuamos a conversar, o assunto era diversificado – faculdade, família, amigos – passou-se pouco tempo e ele foi embora. Ah, e antes que eu esqueça, tudo estava definido, eu ainda estava apaixonada!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012


De repente... Você!


       Era fim de tarde. Sol se pondo lentamente. Faiscando o céu com sombreado amarelo-vermelho. Eu caminhava perto daquele lago, passos curtos, sem pressa... Poucas pessoas estavam ali. Caminhava sentindo aquele vento suave em minha face, ouvindo as folhas das árvores balançarem, sentindo aquele cheiro forte de natureza que me proporcionavam um conforto alucinante...    
        Anoitecia e eu caminhava agora em direção a minha casa, apressava um pouco mais o passo, minha mãe não aceitava que uma adolescente estivesse sozinha fora de casa à noite, não queria contraria-la. Ao chegar em casa, tomei um banho, jantei e fui em direção a calçada. Lá, sentei-me numa cadeira de balanço, percebi que assim como aquela tarde no lago, a noite estava maravilhosa.   
      A visão do lugar era linda. Sem muitas luzes por perto, havia uma lua enorme naquele céu cheio de estrelas minúsculas, cuja presença mudava completamente a paisagem e apesar de não estar chovendo fazia um friozinho bom... Um vento suave novamente tocava minha face. Agora, ouvindo uma música lenta, relaxava sob aquela cadeira. Olhei para a direita e percebi a luz de um farol que vinha lentamente na minha direção. O frio começou a aumentar. Uma visão fez com que , rapidamente, minha musculatura estremecesse de forma involuntária ... era ele!  Foi se aproximando, desacelerava a moto, controversamente, meu coração acelerava, parou e o meus batimentos dispararam. Pronunciou meu nome num tom meio que interrogativo.    
      Rapidamente e super atrapalhada, levantei-me da cadeira, tirei o fone de ouvido e fui em sua direção, eram centímetros de distância... meu sistema nervoso central simpático começara a entrar em ação. Chegava mais perto, e mais perto, minha mão suava, mesmo assim fingi estar tudo tranquilo.      
         - Boa noite!              
         Aquele sorriso único, algo tão sublime de se observar, me fascinava.   
        - Boa noite! Tentando manter a calma, o cumprimentei.    
        - Tudo bem com a senhorita?      
        -Tudo bem! Sussurrei.      
        - Fico feliz por isso, há um tempão não te vejo. Ao passar aqui e vê-la resolvi parar e cumprimeta-la.  
          Engoli em seco. O vento agora aumentara trazendo com mais intensidade aquele cheiro agradável que despertava mais um de meus cinco sentidos. Agradeci, ele pronunciou mais algumas palavras e partiu. Era impossível, inacreditável. Ele sabia que eu existia, se importava comigo. Eu só podia estar sonhando, era mais um sonho louco, um delírio louco. Pensei por mais um instante, voltei a ouvir música, fiquei ali por certo tempo. Sentei-me naquela cadeira pensando naquele sorriso, meus olhos jamais haviam visto tal perfeição, suspirei, tentei me concentrar na letra da música, suspirei novamente... voltei a observar a maravilha daquela noite, imaginando coisas que não aconteceram... refletindo na beleza daquele olhar.

Rayssa Moura

terça-feira, 31 de janeiro de 2012


A noite dos sonhos...


        Numa noite fria de uma cidade de interior, num quarto com pouca luminosidade, resolvi debruçar-me sobre aquela cama um tanto bagunçada. Ali, coloquei toda minha atenção para a parede bem na minha frente, nela se estendia uma janela. Havia uma lua perfeita, cuja luz invadira minha habitação e me fizera voltar... Voltar um pouco ao passado e lembrar o momento em que vi aquele garoto pela primeira vez...
     Estávamos todos conversando, como de costume naquela lanchonete. Sem esperar, um raio de luz é posto sobre meus olhos gerando aquela imagem. Um dos amigos havia levantado para cumprimentar aquela criatura de pele clara, olhos castanhos que ao aproximar-se de nós havia tirado meu fôlego. No momento não entendi o que estava acontecendo, fiquei imóvel por um instante, observando aquela beleza, observando cada movimento. Fomos apresentados. Descobri que aquele menino era novo na cidade e iria estudar comigo. Fui caminhando sozinha em direção a minha casa, naquela noite fria e silenciosa, eu ia me questionando o que acontecera comigo. Não conseguia responder, não conseguia mais lembrar, aos poucos não conseguia mais nem pensar em nada, aquela imagem não saia da minha mente.  
     Sozinha em meu quarto, contemplando uma lua maravilhosa, precisamente 5 meses depois de tê-lo conhecido consegui entender, se é que é possível entender essa sensação que havia sentido e desde aquele momento, toda vez que o via era inevitável olhar para ele sem desejar tocá-lo, acariciá-lo. Continuei a contemplar a beleza da lua e pensar no brilho, na riqueza daquele olhar. Quando percebi uma nuvem estava cobrindo aquela lua brilhante, tornando o quarto cada vez mais escuro. Uma chuva começou a cair... Adormeci.  
   De repente, ouvi aquela voz doce me chamar. Ao aproximar-se, senti meu coração acelerar, uma dose maior de adrenalina era liberada cada vez que ele chegava mais perto. Tentei “desassanhar” meu cabelo, lentamente e sem saber onde arranjei coragem, caminhei em sua direção, meu corpo tremulo, gélido e pálido absorve aquela pressão. Tentei manter a calma, mesmo sabendo que isso seria impossível. Era demais pra mim, frente - á - frente  com aquele olhar. Aquele par de olhos castanhos que me tiravam a calma fixaram-se em mim por um instante... Aquele silencio estava me sufocando e sem esperar, ao colocar sua mão sob minha face, deslizando-a delicadamente ao meu pescoço ele me beija. Eu estava exageradamente feliz, foi uma sensação extravagantemente perfeita e mesmo antes do beijo acabar, sem ao menos ouvir o que ele iria me falar, eu acordei. Minutos depois percebi que aquilo não passara de sonho. Era impossível, era bom demais para ser real, droga!. Eu já estava apta que aquele coração jamais bateria pela minha presença... 
       Já era madrugada, pensei por mais um tempo naquele sonho maravilhoso. Continuava a chover. A lua permanecia encoberta por nuvens e eu somente a observar aquela chuva e pensar naquele sonho, naquele beijo surreal, sentindo a dor daquele amor... liguei meu celular numa linda melodia, respirei fundo, a primeira lágrima caiu e sob o travesseiro úmido, voltei a dormir.

 Rayssa Moura

domingo, 29 de janeiro de 2012


Apenas invento e imagino...




Meu medo
Minha estranha timidez
Minha opção por sofrer
Me impedem de dizer-te minhas doces e impossíveis vontades
Me privam no escuro do meu canto
Lá, imersa em meus sonhos, invento e imagino
Uma vida perfeita de principes e castelos
Invento para mim mesma,
Momentos, onde eu e você
Seremos exageradamente felizes
Eu apenas invento e imagino...
E permaneço aqui na monotonia do meu ser!

Rayssa Moura

sábado, 28 de janeiro de 2012

I have a dream... you!


Descansa em meu colo a tua cabeça de menino.
Deixa que eu seja o teu amor ainda que por um instante
Da-me a chance de provar o quanto te quero
Faz-se realizar em mim esses sonhos e desejos loucos 
Permita-me que eu veja o amor refletido em teus olhos
Permita-me fazer-te feliz,
Para que só assim eu possa ser.

Rayssa Moura



quarta-feira, 13 de outubro de 2010



Tenha fé...



O tempo todo nos deparamos com dificuldades, criticas, preconceitos, palavras difíceis de ser compreendidas. O tempo todo criticamos, maltratamos, somos impacientes e incompreensíveis, nos fazemos de vítima e acabamos por dificultamos ainda mais as coisas. Ocupamos-nos tanto, pensando e planejando coisas desnecessárias que não paramos para pensar o quanto somos abençoados, o quanto somos importantes para Deus, muitas vezes perdemos tanto tempo buscando uma só coisa e não percebemos o quanto de coisas boas nos são acrescentadas. Todos os dias quando acordamos, Deus nos envia um presente: um dia inteiro para usarmos da melhor forma possível, esse dia nem sempre é o que esperamos, mas o que precisamos, e é sempre muito mais do que merecemos. O simples fato de viver e ter um Deus maravilhoso que nos ama apesar de tudo, já nos faz vencedores. Por mais que seja difícil não devemos nos agitar diante dos problemas da vida porque o único que quer agitar-nos, angustiar-nos, tirar-nos a paz é Satanás ele não quer nosso bem. Devemos ter fé, fazer nossa parte e Deus cuida do resto. Vejamos algumas atitudes de Jesus: ele foi paciente, esperou as vontades do pai, foi compreensível, amou, perdoou... Mesmo sendo insuperável em todos os sentidos e sendo o único homem que nunca pecou, ele é também, para todos os homens, de todas as culturas, raças e profissões, o grande e perfeito exemplo para as suas vidas.
Deus é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, por isso antes de tomar qualquer atitude lembre-se, ele te ama e sabe o que é melhor para você confie nele, faça sua parte, tenha fé.
Que Deus te abençoe!
Rayssa Moura

segunda-feira, 8 de março de 2010



Perspectiva de Mundo


      Fazemos parte desse mundo, em que todos sem exceção alguma, tem algo de diferente, seja uma história, um modo de vida. Enquanto muitos sofrem com a fome, a violência, a desigualdade e a exclusão social outros agem de maneira mesquinha, preocupando- se apenas com seu próprio bem.Nas ultimas décadas alem da fome, da violência os seres humanos tem vivenciado outros tipos de problemas. Varias catástrofes que envolvem terremotos, tsunamis e maremotos vem acontecendo com mais frequência, isso tudo devido ao aumento da temperatura media dos oceanos e do ar, perto da superfície da terra o chamado aquecimento global. Esse aumento deve-se principalmente a causas antropogênicas (provocadas pelo homem). Grande parte desse aquecimento observado durante os últimos 50 anos se deve provavelmente ao efeito estufa, causado pelo aumento de gases estufa, incluindo para alem desses gases, outras alterações como, por exemplo, o maior consumo energético, poluição e desmatamento. Como podemos perceber o ser humano mais uma vez com sua maneira mesquinha de agir, com a ganância de querer satisfazer todos os seus desejos acaba se prejudicando e prejudicando a todos. Poucos são os que se preocupam com o futuro de seus netos e bisnetos. Outros falam, falam, falam, mas agir praticar a ação que é bom nada. O dinheiro que deveria ser gasto para combater os problemas sociais de modo geral, está sendo usado muitas vezes de maneira errada, sendo dividido de maneira desigual onde uns ficam com mais do que outros,..., onde ao invés de ser usado para combater a poluição está sendo usado para gerar mais poluição. O dinheiro que deveria ser gasto para acabar ou pelo menos diminuir a violência está sendo desviado dos cofres públicos por políticos corruptos, que raramente são punidos. Já que não podemos mudar o que aconteceu devemos pelo menos tentar ajudar de uma forma ou de outra, o que importa é que isso não continue acontecendo, cada um de nós devemos fazer nossa parte. Caso contrário de quantas décadas ou séculos iremos precisar? Se é que ainda temos essas décadas ou esses séculos. Algo precisa ser feito e ser feito logo.


Rayssa Moura

quinta-feira, 8 de outubro de 2009



A Era da Intolerância


       Os seres humanos perdem seu precioso tempo agindo de maneira mesquinha e intolerante, agindo como se quisessem destruir tudo e todos que estão ao seu redor. Não conseguimos, ou pelo menos não tentamos conviver com nossas diferenças. Precisamos tratar melhor as pessoas, precisamos ser mais tolerantes, ser menos preconceituosos. Nas últimas décadas o preconceito tem tomado conta do agir humano, alem do preconceito racial, há descriminação social e econômica, contra negro-favelados, contra homossexuais. A sociedade esta agindo de maneira hipócrita, não adianta falar que não existe tal situação, porque existe, porque essa é a realidade. O que existe é um preconceito disfarçado, mas que pode ser identificado em nosso cotidiano, nas ruas, nas lojas, no trabalho, na escola e principalmente na mídia. Na mídia? É na mídia, eles que diariamente veiculam noticias através de jornais apresentando fatos e historias absurdas, podiam tomá-las como exemplo e parar de agir de tal forma. As pessoas estão agindo como seres irracionais, de maneira absurda que parecem verdadeiras aberrações. Essa maneira mesquinha de agirmos deve ser destruída, e isso só depende de nós mesmos. Se você quer que o mundo seja do seu jeito não esqueça que o mundo não é só seu, respeite as opiniões alheias, respeite as diferenças e ao invés de estar perdendo seu tempo com coisas sem importância, viva sua vida, seja feliz, deixe com que as pessoa sejam felizes do jeito delas. Seja mais tolerante, respeite mais, ame mais, compreenda mais e assim sua vida mudará, mudará para melhor... Bem melhor.


Rayssa Moura